O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, instou o Grupo de Haia a convocar uma “greve geral mundial” em apoio à Palestina e à Flotilha Sumud, que foi detida por Israel. Petro fez a declaração em sua conta na plataforma X, destacando as recentes mobilizações em países como a Itália em solidariedade à causa palestina.

O mandatário colombiano também lembrou ao presidente dos EUA, Donald Trump, que “nenhum plano de paz poderá começar se não houver entrada imediata de alimentos para a população de Gaza”. Ele alertou que “não haverá paz se as pessoas forem mortas por inanição” e criticou Washington e a Europa por “perderem toda a noção de liberdade e democracia se permitirem que pessoas sejam sequestradas apenas por levarem comida a um povo faminto”.
O Grupo de Haia foi estabelecido em janeiro por Bolívia, Colômbia, Cuba, Honduras, Malásia, Namíbia, Senegal e África do Sul. Seu objetivo é exigir o cumprimento das ordens de prisão emitidas pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra na Faixa de Gaza.
A Flotilha Global Sumud, composta por mais de 40 embarcações que buscavam romper o bloqueio israelense a Gaza com ajuda humanitária, foi interceptada por forças israelenses. Mais de 90% de seus tripulantes, 443 de 500 (incluindo duas colombianas), foram detidos.
Em resposta à interceptação da flotilha, Petro anunciou a saída da delegação diplomática israelense em Bogotá e confirmou o encerramento do Tratado de Livre Comércio (TLC) com o regime de Tel Aviv, em vigor desde 2020.
Petro é um defensor declarado da causa palestina. Em seu discurso na ONU, ele denunciou o “genocídio” do regime de Israel na Faixa de Gaza e clamou por “unir exércitos e armas” para “libertar a Palestina”. Desde outubro de 2023, a guerra em Gaza resultou na morte de 66.225 palestinos, a maioria mulheres e crianças, com centenas falecendo devido à fome imposta pelo bloqueio ilegal israelense.
Referências:
Fonte: HispanTV
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