Uma ativista argentina, a bordo de um dos navios da Flotilha Sumud, denunciou os ataques israelenses contra as embarcações que transportam ajuda humanitária para Gaza. Segundo Cele Fierro, deputada argentina da cidade de Buenos Aires, a missão já sofreu três ataques distintos: dois no porto de Túnis contra duas embarcações e um ataque múltiplo de drones próximo à ilha de Creta, na Grécia, que colocou em risco dez embarcações. Apesar de não haver feridos, Fierro descreveu esses incidentes como ferramentas de “guerra psicológica” usadas por Israel para intimidar e frear a missão.
Fierro informou que os navios já entraram na “zona vermelha” e estão em alerta permanente, pois Israel já interceptou outras embarcações nessa área, mesmo em águas internacionais. Ela enfatizou a convicção dos ativistas de que a missão é “necessária e urgente”, criticando os Estados que, apesar de denunciarem o genocídio israelense contra o povo palestino, continuam cúmplices do regime sionista.
De acordo com o canal oficial israelense Kan, o regime de Tel Aviv está se preparando para interceptar a flotilha e assumir o controle de seus navios, que devem chegar à costa de Gaza em quatro dias. Israel teria contatado os organizadores da flotilha, oferecendo desviar a ajuda humanitária para portos alternativos, como Ascalão, mas a proposta foi rejeitada e classificada como “provocação organizada”.
No início de setembro, a Flotilha Global Sumud, composta por cerca de 50 navios e mais de 500 ativistas, partiu com o objetivo de romper o bloqueio israelense e entregar ajuda humanitária, especialmente suprimentos médicos, a Gaza. Desde março passado, a Faixa de Gaza está sob um cerco completo de Israel, impedindo a entrada de qualquer tipo de ajuda humanitária no enclave costeiro, onde vivem aproximadamente dois milhões de pessoas.
Com informações de HispanTV
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