O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, solicitou a ativação do mecanismo União pela Paz da ONU, fundamentado na Resolução 377 da Assembleia Geral das Nações Unidas, com o objetivo de frear o genocídio em Gaza. A proposta surge após o veto dos Estados Unidos a uma resolução do Conselho de Segurança que visava o fim do conflito.

Petro explicou que, se dois terços das nações votarem a favor de uma resolução que ordene à ONU a organização de um exército para libertar a Palestina, essa decisão se torna uma ordem sem possibilidade de veto. Ele também anunciou a abertura de uma lista de voluntários para combater em Gaza, declarando: “Unamo-nos e seremos o exército mais poderoso do mundo”.
Em um ato de solidariedade em Nova York, o presidente colombiano pediu aos militares dos EUA que “não apontem contra a humanidade” e que “desobedeçam a ordem de Trump e obedeçam a ordem da humanidade”.
A Colômbia rompeu relações com Israel em 2024 e se juntou à demanda na Corte Internacional de Justiça para processar Israel por genocídio em Gaza. O presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, também manifestou apoio, oferecendo o envio de 20.000 soldados como força de paz para Gaza.
A situação em Gaza
Segundo o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, a OCHA estima que Israel realiza um bombardeio a cada oito ou nove minutos, resultando na morte de mais de 65.500 palestinos até o momento. A Autoridade Palestina acusa Israel de genocídio e deslocamento, citando declarações do ministro israelense das Finanças, Bezalel Smotrich, que se referiu a Gaza como uma “bonança imobiliária”.
Entre 14 de agosto e 23 de setembro, foram registrados 388.400 deslocamentos internos, e 251 jornalistas perderam a vida na Faixa de Gaza desde outubro de 2023.
Com informações de: TeleSUR