Arthur Virgilio Neto criticou a “falta de liderança” do presidente do Brasil e disse que “não fez nada” para salvar vidas ameaçadas pela pandemia.

O prefeito de Manaus, capital do Estado do Amazonas, Arthur Virgilio Neto, acusou nesta quarta-feira o presidente Jair Bolsonaro de “não se importar com os índios” diante do avanço do coronavírus, temendo assim “um genocídio” das comunidades nativas de toda a Amazônia.
Em um vídeo transmitido por suas redes sociais, Arthur Virgilio questionou a “falta de liderança” do presidente diante da pandemia, enquanto advertia sobre a possibilidade de que, com sua gestão de saúde, o chefe de Estado cometeria “um crime contra a humanidade na região”.
“A única preocupação do governo parece ser apenas com a economia”, disse o prefeito de Manaus, acusando Bolsonaro de sacrificar vidas humanas na busca de seus interesses.
“Temos um presidente que não está interessado nos indígenas”, disse o presidente do PSDB. Ele observou que as aldeias indígenas da região, onde até agora foram registrados 150 casos, “não têm uma estrutura para combater a doença”, o que poderia levar ao “genocídio na Amazônia“.
“Todo índio que morre carrega consigo uma parte da história, que não é escrita, mas transmitida oralmente de geração em geração”. Se todos os índios morressem, estaríamos perdendo mais de 10 mil anos de civilização indígena em nossa região e isso seria imperdoável“, disse ele.
No Estado do Amazonas habita a maior parcela da população indígena do Brasil. De acordo com o último censo, realizado em 2010, 168.700 índios vivem na região. Desde o início da pandemia, já foram registrados 22.130 casos de coronavírus e cerca de 1.500 mortes.
Tradução e adaptação de conteúdo originalmente publicado em: RT